A Câmara Municipal de Elvas apresentou esta terça-feira, dia 7, um plano de investimentos, superior a 47 milhões de euros, dos quais 26 milhões no âmbito da Estratégia Local de Habitação, e que prevê a requalificação e aquisição de 100 fogos no Centro Histórico, nos próximos 4 anos, e 60 fogos nas freguesias rurais.
 
A apresentação esteve a cargo do presidente da Câmara Municipal de Elvas, comendador José Rondão Almeida, que explicou o que está previsto investir a empresários ligados à área da construção civil, para que se possam preparar para concorrer a estes projetos.
 
“O projeto passa por habitação, na compra de prédios degradados, na sua requalificação, na construção de novos fogos. O investimento vai ser na ordem dos 26 milhões de euros. Dos quais 22 milhões de euros já estão acordados com o IHRU, que irá suportar esta carga, mas não na totalidade, em 50 por cento”, adiantou o presidente.
 
Em termos da Estratégia Local de Habitação, entre 2022 e 2023, vai avançar a reabilitação de fogos para habitação social, no valor de 6.700.000,0€, nomeadamente os 30 fogos no Caia, num investimento de 1.275.000,00€; 11 fogos no Centro Histórico, na ordem dos 385 mil euros e 10 fogos em Barbacena, no montante de 350 mil euros. Todas estas habitações vão ser destinadas a famílias e jovens “para resolver o problema da habitação”.
 
Está também prevista a requalificação do Bairro das Pias com a construção de 48 fogos, num investimento de 4.650.000,00€.
 
No que respeita a aquisição e reabilitação de fogos nas freguesias rurais, o projeto prevê que abranja 27 fogos, num investimento de 2.900.00,00€. Em Santa Eulália e São Vicente o Município pretende construir 10 fogos, num investimento de um milhão de euros. Em Vila Fernando vão ser reabilitados os 24 fogos do Centro Educativo de Vila Fernando, num investimento superior a um milhão de euros.
 
Está ainda prevista a requalificação do antigo Lar de Santa Eulália, no montante de meio milhão de euros.
 
Na cidade de Elvas, a Câmara Municipal de Elvas vai construir 60 fogos a custos controlados, na Quinta dos Arcos, num investimento superior a 3.500.000,00€ de euros.
 
Para além deste projeto, o autarca elvense destacou ainda três projetos, nomeadamente a construção do Parque Empresarial, numa área de 152 hectares, e num investimento na ordem dos 20 milhões de euros, dos quais 12 milhões para infraestruturar e 8 milhões para aquisição de terreno.
 
O objetivo é “complementar a plataforma logística, do lado de Espanha, que é uma zona de prestação de serviços, e nós temos que ter do lado de cá, pequenas, médias e grandes indústrias para transformar produtos” e para dar resposta às solicitações que têm surgido, e “propomo-nos avançar já com a negociação com os proprietários dos terrenos”.
 
Outro dos projetos foi a construção do Centro Social de Santa Luzia, para dar resposta aos bairros de São Pedro e Santa Luzia, no valor de meio milhão de euros, e o terceiro é a requalificação do Cineteatro Municipal de Elvas, que já tem projeto aprovado e aguarda a abertura de candidaturas a fundos comunitários para avançar.
 
Todos estas intervenções, segundo o comendador José Rondão Almeida, “só avançam se garantirmos cofinanciamento com uma taxa superior a 90%”, prevendo poder contar com o apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para as executar.
 
Nestas intervenções, para os próximos 4 anos, o investimento previsto ascende a mais de 47 milhões de euros, “um grande desafio para a autarquia, que neste momento não está numa situação favorável”, concluiu o presidente da Câmara Municipal de Elvas.