O presidente da Câmara Municipal de Elvas, comendador José Rondão Almeida, esclareceu esta terça-feira, dia 4, em conferência de imprensa, a decisão de não avançar com uma candidatura de seis milhões de euros, na vertente da eficiência energética.
Nesta conferência de imprensa estiveram presentes a vice-presidente Anabela Cartas e os vereadores Hermenegildo Rodrigues, Paula Calado, Tiago Afonso, Cláudio Monteiro e Vitória Branco, assim como o diretor do Departamento Financeiro e de Desenvolvimento, Ricardo Ventura, e a chefe de divisão de Desenvolvimento, Carla Carvão.
O autarca referiu que esta estava relacionada com a “eficiência energética a colocar em pavilhões na Zona Industrial, e que visavam, extrair hidrogénio para podermos instalar uma bomba que viesse a fornecer viaturas”.
Neste contexto, José Rondão Almeida esclareceu que “a determinada altura, a Câmara Municipal de Elvas verificou que não estavam reunidas as condições para que pudesse candidatar-se à segunda fase. Não estavam reunidas porque a 22 de novembro abriu o concurso para a segunda fase e tínhamos oito dias para apresentar um conjunto de elementos”, nomeadamente “um estudo de viabilidade económica e financeira de todas as intervenções que se iriam fazer em 57 empresas instaladas no parque industrial das Fontainhas e de Gil Vaz. Por outro lado exigia-se também que fosse apresentado o consumo energético anual, de cada uma delas, e outros elementos, tais como todos os documentos de contratualização pública dos procedimentos desde o início”.
Explicando a cronologia da candidatura, Rondão Almeida adiantou que “a 12 de agosto” surgiu “a possibilidade de as autarquias manifestarem o interesse nesta candidatura”, cujo prazo terminava a 15 de setembro. “O que aconteceu foi que a 14 de setembro, um dia antes, a Câmara notifica 36 empresários, dos 57 existentes, para, no prazo de um dia, manifestarem o seu interesse para se juntar à Camara Municipal a fim de apresentar a candidatura”. Assim, esclarece o autarca, “as empresas tiveram grande dificuldade em responder e só 10 empresas mostraram intenção de candidatura”, respondendo ao formulário enviado.
Com isto a primeira fase “foi aprovada e a segunda fase abriu a 22 de novembro. Foram-nos dados oito dias para apresentarmos uma candidatura com toda essa documentação, e não é nesse prazo que se consegue organizar uma candidatura com aquele conjunto de elementos, entre os quais os pareceres ambientais. Por isso, não fazia qualquer sentido apresentar uma candidatura, gastar-se mais dinheiro, para depois surgirmos no mapa de não aprovado, como aconteceu com dezenas de candidaturas por todo o país”, elucidou.
O presidente sublinhou que o Município “poderia ter o triplo dos técnicos que atualmente tem, que não tinha condições, de forma alguma, para organizar um processo de candidatura para levar até ao fim”.
Para o presidente da Autarquia “há quem diga que perdeu-se esta oportunidade de 6 milhões de euros”, apesar de não ter beneficiado desta candidatura “estamos, neste momento, e desde setembro, ainda no anterior executivo, na preparação do estudo de eficiência energética e está uma empresa a trabalhar no sentido de apresentar um plano estratégico para esta área, que nos vai permitir nos próximos 6 anos apresentar candidaturas tanto ao PRR, como ao programa 2030, uma vez que aponta para aí um conjunto de programas que irão ser lançados a concurso”.
Para além disso, adianta o edil elvense, “também estamos a trabalhar com a CIMAA, através da Areanatejo, dentro da mesma área, e teremos condições, neste momento, de fazer um plano estratégico e de seguida lançarmos as candidaturas logo que elas abram”, concluiu José Rondão Almeida.
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